domingo, 21 de julho de 2013

ROCK’N ROLL – O LIVRO

Ugo Monte, autor do Livro Rock´n Roll que será lançado no próximo dia 02 de agosto de 2013 na Capitania das Artes - Natal/RN às 19 horas concedeu-nos uma entrevista exclusiva contando um pouco sobre o que vamos encontrar na  sua obra.
                                     
MANGO: O que o motivou a escrever um livro sobre a história do Rock?
Livro Ugo MonteUGO MONTE: Como estudante e ex-professor de história sempre tive interesse pela história contemporânea, especialmente pelo pós-guerra. Talvez esse seja o período do qual mais tenha lido a respeito, portanto, posso arriscar dizer que já detinha algum conhecimento prévio sobre o contexto histórico da origem do rock’n roll. Sobre o tema específico, já havia garimpado bastante coisa do que havia sido publicado em português: algumas biografias, entrevistas, resenhas etc, mas não havia muito material sobre a história do gênero e o que havia era limitado a períodos pontuais ou tinham uma abordagem mais superficial. Diante dessa lacuna, percebi que havia uma história para ser contada.
MANGO: O que você procurou explorar no seu livro?
UGO MONTE: Na orelha do livro eu afirmo que se trata de uma obra para iniciados e iniciantes, pra quem conhece a música, mas nunca prestou atenção na história ou vice-versa. Na minha visão o rock’n roll não é apenas um gênero musical, mas um fenômeno cultural sem precedentes, pois sua história se confunde com a própria história da juventude e o papel que as gerações subsequentes ao pós-guerra tiveram na dinâmica da mudança do mundo contemporâneo.
MANGO: O que torna esta obra inédita?
UGO MONTE: Nas biografias, os escritores procuram desvendar personalidades e mostrar o ambiente cultural e o cotidiano dos seus biografados, através de entrevistas, relatos de amigos e familiares, enfim, fontes “primárias” sobre a vida e obra de algum artista. Nunca tive essa pretensão, nem teria a possibilidade de fazê-lo, minha fonte de pesquisa eram obras que já haviam sido escritas, portanto não havia nada a ser “revelado” nesse sentido. Minha ideia foi tentar analisar o legado cultural do rock, a partir da compreensão do contexto histórico em que ele se desenvolveu. Trocando em miúdos, pra entender a gênese do rock nos anos 50, é preciso entender a segregação racial e o red scare na sociedade norte-americana; Pra entender o rock psicodélico, é preciso entender o movimento hippie, o ambiente estudantil anti-guerra, a luta pelos direitos civis...
MANGO: O que espera da repercussão deste livro?
UGO MONTE: Confesso que tenho grandes expectativas, mas não dá pra projetar nada em torno disso, pois não depende de mim. A minha ideia  a princípio, é montar uma palestra sobre o tema e tentar encontrar espaços para divulgar esse trabalho.
Livro Rock'n roll
AUTOR UGO MONTE
MANGO: Quais as dificuldades encontradas?
UGO MONTE: Inúmeras. Como já produzi um CD autoral, nos mesmos moldes, sabia que teria as mesmas dificuldades. O custo é bastante alto e há uma enorme demanda de tempo para “dar vida” à obra, mas essa é a parte mais fácil, difícil mesmo é divulgar seu trabalho sem qualquer apoio, não estou falando em dinheiro, mas em conseguir exposição para qualquer produto cultural, seja um livro, um CD, uma peça...Mais uma vez será um desafio, espero ter mais espaço do que tive com o CD.
MANGO: Sabemos que você já compôs várias músicas de rock e que já gravou até um CD. Fala um pouco desta sua trajetória.
UGO MONTE: Acabei me antecipando a sua pergunta. Acho que o CD foi um trabalho mais difícil do que o livro, igualmente prazeroso, mas foi mais difícil, pois não sou músico. Sempre gostei de escrever, desde pequeno. Na minha adolescência em Brasília, vivi de perto a explosão do rock nacional, pois a cidade foi um dos berços desse movimento. O baterista do Legião Urbana morava na minha quadra e todo mundo daquela geração foi contaminado pela mesma febre. A heterogeneidade cultural de Brasília e a ausência de uma identidade regional acabou contribuindo para a adoção do rock pela juventude da cidade. Se em Natal ou no Rio, todo mundo tirava onda de surfista, em Brasília, todo adolescente queria montar sua banda de rock. Eu também montei a minha, ganhei uma guitarra Gianinni bem básica, mas minha praia sempre foi escrever e acabei cantando pra ter um lugar na banda.
O curioso é que compor melodias não é uma coisa simples e mesmo músicos experientes e virtuosos, às vezes, tem dificuldade para criar. Como minha “técnica” era limitada aos acordes decorados nas revistas de cifras, nunca achei que seria capaz de compor, no início dava uma opinião sobre a colocação de uma nota ou outra, mas minha função sempre foi escrever as letras. Diversas vezes (isso acontece até hoje) já dei letras para tentar fazer parcerias com amigos músicos, sem obter retorno. Diante da falta de disposição dos meus “parceiros musicais”, comecei a tentar fazer as melodias das minhas próprias letras e hoje já compus mais de cinqüenta canções, por pura persistência da vontade. Doze delas foram gravadas no CD O caminho das pedras produzido em 2006, espero ter a oportunidade de fazer outros trabalhos e registrar pelo menos parte desse material. Dessa primeira experiência, feita com músicos de estúdio, percebi a necessidade de ter uma banda fixa, onde haja espaço e tempo para desenvolver os arranjos, com mais cuidado. No ano passado fizemos duas apresentações, mas é muito difícil arregimentar músicos para um projeto autoral e ainda estou a procura de um grupo para um trabalho a longo prazo.
MANGO: E o projeto das palestras-show, como ocorreram? Pretende fazer novas palestras agora com o lançamento do livro?
Capa livroUGO MONTE: Elas ocorreram por acaso, entre junho e novembro de 2011. Fui assistir a uma palestra do meu pai sobre Samba (gênero que não aprecio nem um pouco, pra dizer a verdade) no projeto Diálogos Criativos. Conversando com o organizador, Antonino Condorelli, após a palestra, ele me falou que pretendia ampliar os encontros com temas musicais, foi então que perguntei se já havia alguém pra falar sobre rock. Era pra ser apenas uma palestra e acabou sendo quatro. Na ocasião, eu chamei alguns amigos músicos e ensaiamos um repertório de clássicos do rock. Foi uma experiência muito interessante, pois quem foi nas apresentações acabou indo para as seguintes e o pequeno auditório da livraria Siciliano (atual Saraiva) ficou lotado, com grande interesse dos presentes. Intercalávamos apresentação das músicas com a palestra sobre o tema. Fui professor durante dez anos, nunca tive problema em falar em público, mas o que me surpreendeu é que o assunto fluiu naturalmente, porque o “livro” já estava maduro na minha cabeça. Entre a espontaneidade da apresentação “verbal” e a composição do livro, bastava apenas desenvolver a disciplina para organizar as idéias no papel. Não estou afirmando que foi fácil, pois uma pesquisa histórica é algo bastante complexo, tive que ler e ou/consultar dezenas de livros, além da coleta de dados pela internet, com inúmeras anotações e revisões, citações de fontes, etc. O que estou tentando colocar é que já havia interesse e motivação pela ideia  antes dela se transformar em livro. Entre um projeto e outro, havia um caminho natural. Sobre uma nova palestra, quem tiver um espaço disponível e um público interessado, por favor me procurem.
MANGO: Cite um pequeno trecho do livro para que os leitores  tenham uma "amostra" do que vão encontrar.
UGO MONTE: Eu não o tenho em mãos nesse momento para fazer a citação, mas há algumas informações relevantes para potenciais interessados no meu trabalho. São 9 capítulos, compreendendo um período entre 1950 e 2012. Cada capítulo tem vários sub-tópicos e quatro “apêndices”:
1) Uma relação de músicas por ano, que eu chamei de Jukebox
2) Uma discografia essencial
3) Uma relação de filmes e documentários
4) Uma pequena narrativa dos principais fatos históricos de cada período analisado.
No fim ainda coloquei um pequeno glossário sobre o universo do rock e da cultura pop. A minha intenção foi produzir uma obra que seja lida como entretenimento, mas que também seja usada como fonte de consulta pelos interessados em música, cinema, história e cultura em geral.
final

sábado, 13 de julho de 2013

DIA MUNDIAL DO ROCK

yan 8 - mick
Mick Jagger
yan 2 Dylan
Bob Dylan
yan 7 queen
Fred Mercury do Queen


Dia especial, 13 de julho – Dia Mundial do Rock (apesar de ser uma data mundial, só é comemorado no Brasil). Neste ano ainda caiu num sábado para permitir que a comemoração de muitos fosse à altura: um show ao vivo, um show na TV, uma boa bebida, um barzinho com os amigos… tudo isso , claro, ao som de um BOM ROCK!

Sabem  quem deu a idéia  de se comemorar essa data?  Phill Collins, durante o festival solidário Live Aid, organizado  para acabar com a fome na Etiópia, que ocorreu simultaneamente em Londres (Inglaterra)  e na Filadélfia (EUA) no dia 13 de julho de 1985.

Este festival ficou muito famoso pela grande quantidade de bandas envolvidas, o que gerou uma arrecadação monstruosa, ultrapassando mais de 60 milhões de dólares que foram doados aos famintos na África. As bandas  e roqueiros que tocaram: Bob Dylan, Black Sabbath, B.B. King, Scorpions, U2, Paul McCartney, Erick Clapton,  Duran Duran, Status Quo, Mick Jagger, David Bowie, INXS, Loudness, Santana, Queen, Dire Straits, Judas Priest, The Who, Phill Collins, entre outros famosos.

yan9 Phill Collins
Phill Collins
Curiosidade 01 sobre o festival  Live Aid:  Phill Collins tocou na mesma noite em Londres e na Filadélifia(EUA), para tanto, teve que alugar um Concorde para chegar a tempo de um show para o outro.

Curiosidade 02: Apesar do show ter sido transmitido ao vivo pela BBC para diversos países, até hoje não lançaram nenhum vídeo , DVD e nem CD oficial sobre esse festival.  
 
MANGO ON THE ROCK recomenda: 
COMEMOREM BEM ESTE DIA! Depois entre no nosso face (https://www.facebook.com/MangoOnTheRock) e nos diga, como foi que você comemorou na enquete "COMO VOCÊ COMEMOROU O DIA MUNDIAL DO ROCK?"
Mande fotos da sua comemoração  no nosso e-mail mangontherock@gmail.com para publicarmos!


Um vídeo do Live Aid de 1985 em Londres, com a apresentação do Queen.




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