domingo, 24 de maio de 2015

UMA BANDA NADA COVER E UM PÚBLICO FIEL. GOD SAVE DE QUEEN por Kolberg Luna

Eram 21:22 hs quando a Rainha pisou o palco para ser reverenciada pelo público potiguar. Queen, a majestosa majestade de todas as bandas de rock já formadas no mundo se apresentava diante de um público que lotou o Teatro Riachuelo, ávidos para reviver, ainda que por minutos eternos, cada som produzido. Mesmo sabendo pelo cartaz promocional e pelo ticket que se tratava de uma banda cover.
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Uma banda cover que o público discover que se trata de cópia quase que fiel. Os integrantes do mágico grupo entram em cena: um Roger Taylor um pouco disforme, mas de madeixas loiras a lembrar do original; John Deacon, ali no seu lugar, à direita da bateria, sempre, tímido e reservado; Brian May surge com sua cabeleira cheia que tanto o caracterizou; enfim, Freddie Mercury ressurge, reaparece, ressuscita, em som e imagem, para delírio de seus fãs. É impressionante a semelhança e o cuidado que eles têm com o figurino e os equipamentos, tudo a voltar no tempo e fazer com que o público se sinta súdito e esteja aos pés da verdadeira banda Queen.
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As músicas não seguem uma cronologia da história o grupo. Nem mesmo copia a sequência de shows antológicos. We will rock you, Another One Bites The Dust e Killer Queen iniciam o show numa amostra do que vem na próxima hora e quarenta minutos seguintes. O público ainda está sentado. Estático, talvez. A voz de Mercury ecoa novamente nos ouvidos de quem viveu anos setenta e oitenta ouvindo a banda. Precisa que alguém de lado belisque para que o transe se encerre e acreditemos que estamos diante de um Freddie reencarnado e a banda outra vez junta, cantando e encantando.
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Fat Bottomed Girls vem em seguida relembrando que o Queen foi o responsável pela homenagem gênese àquelas de derriére avantajado quando ainda nem se pensava em falar em popozudas. Segue, então, aquilo que era um dos tantos momentos esperados em cada show do Queen. Freddie a reger seu público como a ensinar a cantar lírico. Inúmeros ieeeeaaahhh em todos os timbres e cada um tentando acompanhar o maestro. Então, Deacon inicia no baixo a introdução de Under Pressure e deixa o teatro sob pressão. Nessa hora, quem ainda estava em transe finalmente desperta. Para arrefecer um pouco à noite, o piano é chamado para acompanhar Mercury em Good Old-Fashioned Lover Boy e Save Me. Momentos de emoção na plateia e, verdadeiramente, a certeza de que estamos diante de uma lenda.
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Os demais integrantes deixam o palco e o cover de Brian May faz o seu solo. Hora do fã enxergar cada detalhe. A calça preta e a camisa branca é o de menos. A cópia da guitarra é a mesma construída em 1963 por May ainda adolescente, juntamente com seu pai, e que eles batizaram de “Red Guitar” ou “the old lady”. E a demonstração de fidelidade maior é o fio em espiral que acopla a guitarra à caixa de som. Tudo fielmente lembrado.
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Na volta para a segunda parte do show os covers tem outro figurino inspirado nas tantas apresentações. A calça branca de listras vermelhas laterais, camisa branca e jaqueta amarela de Mercury, enquanto Deacon vem de calção e camiseta. É um momento mais light do show. Ele comove com a belíssima e poética Who Wants To Live Forever e não há como não se emocionar.
- Você tinha de viver para sempre, Freddie.
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Somebody To Love vem na sequência e então, o mais esperado. Uma hora após o início do show, britanicamente, o cover de May senta no banquinho e empunha a viola para os primeiros acordes de Love of My Life cantada em coro e prosa com todo o teatro. Momento de rara beleza.
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O show deve continuar! Foi o que cantou todo o público no refrão de Show Must Go On, emendada com I Want It All, essa canção feita para a esposa de Brian May, que costumava falar “I want it all and I want it now”.
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Então Freddie assume o violão e questiona o público se quer dançar. A ordem foi para todos levantarem e dançarem ao som de Crazy Little Thing Call Love. Ordem dada, ordem cumprida. Era o momento do show em que todos já estavam entorpecidos pela magia da banda, a semelhança física e o talento de cada um dos covers. O clima de interação banda/público permanece com a ópera/rock Bohemian Rapsody, onde todos se perguntam “Is this the real life, Is this the fantasy?”.

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O fim do show é anunciado. Os músicos deixam o palco. Finito? Não. O público reconhece que o bis virá sem mesmo ser necessário pedir. Então, Freddie retorna de peruca e seios para cantar I Want To Break Free, música que foi erroneamente associada ao tema homossexual, mas que na verdade foi composta por John Deacon para falar de sua timidez. Radio Ga Ga é cantada mais uma vez junto com o público em espetacular coro de vozes e palmas sincronizadas. No arremate, mais uma vez We Will Rock You e a belíssima canção We Are The Champions com o cover de Mercury envolvido em enorme bandeira do Brasil, assim como o original fez originalmente em 1985, na primeira apresentação do Queen no Rock in Rio.
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Freddie retorna de peruca e seios para cantar I Want To Break Free.
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Com a bandeira do Brasil, como fez na primeira apresentação do Queen no Rock in Rio  em 1985.
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Por último, o fim verdadeiro, não sem antes Freddie Mercury cover voltar ao palco vestido de Rainha, com coroa, cetro e manto, enquanto que ao fundo se escuta God Save the Queen. Os músicos agradecem a uma plateia ainda em transe. Centenas de luzes de telefones celulares a registrar aquele último momento. Aplausos e ovações. Volto ao tempo em que eu e um dileto amigo juntávamos os trocados para dividir um LP do Queen. Hoje estamos aqui. Se não é o verdadeiro Queen a nossa frente, a banda cover é tão lord quanto. São preciosos Princes. A banda vai embora. O filme passa rapidamente. Cada segundo, cada acorde, cada figurino, cada trejeito copiado. Tudo perfeito. Irretocável? Ah não! Encontrei uma falha(?). Faltou aquela Heineken que dormia sobre o piano ao som de We Are The Champions.
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Nota do blog: A banda argentina God Save the Queen nasceu em 1998 na cidade de Rosario e tem como formação Pablo Padín (Freddie Mercury) no vocal e piano, Matías Albornoz (Roger Taylor) na bateria, Francisco Calgaro (Brian May) na guitarra e Ezequiel Tibaldo (John Deacon) no baixo. Atualmente é considerada o melhor cover do Queen com destaque para a fidelidade musical e visual, na incrível semelhança de Padín com Freddie Mercury e na reprodução dos mesmos figurinos , instrumentos e na voz.

Momentos  dos fãs do Mango On The Rock !
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