Uma estranha sequencia de acontecimentos levou este que vos escreve a encontrar-se sozinho, perdido em meio a multidão que se aglomerava na base do palco Rec Beat no fatídico 21 de fevereiro de 2009, durante o carnaval multicultural de Recife.
Não se sabia bem como seria a reação do público, o tradicional bloco Quanta Ladeira ainda não havia anunciado sua presença no carnaval e a atração principal deste primeiro dia, o Afrika Bombaataa, já havia anunciado que não se apresentaria em recife. O corpo humano teria de se contentar com as incertezas que surgiam em torno da banda escalada para ocupar o espaço deixado pelo Bombaataa.
Ninguém estava preparado. Em verdade acho que ninguém nunca esta preparado para o Gogol Bordello e todo o poder de Eugene Hütz.
Gaitas, guitarras, Acordeons, baterias, múltiplas vozes... Tudo parecia plural enquando aqueles seres com roupas espalhafatosas atiravam música através de algo que somente posso imaginar chamar de Gipsy Punk. O ritmo acelerava o corpo enquanto vozes criticavam o capitalismo, protestavam contra a guerra, versavam sobre estilo de vida cigano, ironizavam religiões e Estados, imprimiam visão cômica a tudo que se entende normal e brincavam com jogos de palavras.
A junção entre música e chuva fez todo o Paço Alfãndega ir a loucura, as proteções do shopping serem usadas como apoio para ver o show e qualquer lamentação ou ausência ser esquecida. Eu não mais estava sozinho, pois todos éramos um.
O show apresentou prioritariamente o disco Super Taranta!, lançado em 2007, com músicas como Wonderlust King, Supertheory of Supereverything e Tribal Connection. Tamanho foi o impacto da apresentação que Hütz acabou convidado pelo grupo Mundo Livre e por Manu Chao para fazer participação no show de ambos, onde eu também firmei presença!
Nada mais sei acrescentar, então accelerate ur prótons e escute Gogol Bordello!
por IGOR NOGUEIRA |
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